sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Telefone Vermelho.

O telefone vermelho já não toca mais, a esperança depositada em um novo modelo de vida foi deflagrada pelo niilismo. Os anos se passaram e os vestígios do fascismo pairam sobre o torvelinho social. Esta onda devastadora, que arrancou e estraçalhou todo o modo de vida fundado na transformação do Homem.

A passividade notável culmina na fragmentação do sujeito. Tendo em vista, que o homem caminha pela vereda da subjetividade total, isto é, os indivíduos perderam a dimensão do realismo crítico. Conseqüência ocasionada pelo frenético e pelo acelerado mundo dos acontecimentos, que inviabiliza a reflexão e a observação dos fatos cotidianos. As grandes propostas ideológicas, hoje, encontram-se assoladas ou encurraladas pelo fenômeno niilista.

O fascismo foi e é tão devastador, que seu cheiro fétido pode ser sentido nas grandes alamedas urbanas, fazem-se tudo, mas tudo é feito sem nenhum sentido. A lógica do mundo é fragmentar o Homem cotidiano na sua ação, porque, seu poder em estado estilhaço nada tem de ameaçador, visto que tudo pode ficar como estava no estágio anterior, ou seja, passivo. O velho telefone vermelho, há tempo, nunca se viu tocar, seguindo outras tendências ele é apenas um móvel inteligível no canto da sala, mas inutilizável.

Muito se produz de entretenimento, objetos ganham vida e identidade de slogan. Neste provir o produtor do próprio produto perece. A única chama de mudança se embriaga na instabilidade idealizada do real, múltiplos sentidos são experimentados em seu mais elevado grau. Apresentável e atraente, nem forma e nem conteúdo, o niilismo consome a essência humana. As situações pré-estabelecidas e condicionadas almejam por ofuscar o sujeito na subjetividade, muito embora, as coisas que se apresentam nem sempre possuem finalidade ordenada.

É sabido que nem sempre a obra faz o artista, muito embora, a obra de um artista esta na sua expressividade por buscar um canal de comunicação. Diante desta circunstância o cotidiano é permeado pela subjetividade, a qual e por meio da espontaneidade busca expressar a criatividade. Por mais brutal que seja a ânsia de ofuscar o ser social, nada é tão irredutível quanto à subjetividade do ser. Podemos até conceber uma realidade de finalidade ordenada, que tenta por aparatos coercitivos enquadrar a vida e as ações. Mas o niilismo nas medições da subjetividade do Homem se acua.

Alhures o telefone vermelho é apenas um sonho consciente, fora de lugar e impreciso um peça sem utilidade. Neste tempo paradigmático, ou seja, de mudanças, o “novo” não se apossou de tudo, visto que algo ainda persiste nas entranhas sociais. As velhas buscas e projetos de construção do real continuam a suspirar. Consoante a tal perspectiva, a “loucura” panfletada pelos sonhadores é até intrigante, o modo como esta dita “loucura” brota pelo chão e passa por processos rigorosos de vigilância monitorada. Fazendo do poder “soberano”, a grande instabilidade, pois, diante da ação imprevisível a “loucura” impera com grande furor sob a intuição da ordem. A dissolução dos contextos degrada a poética da vida cotidiana e grande parte da concretude Humana fica na oscilação harmônica, a qual acarreta o niilismo absurdo na não reinvenção da vida.

O insustentável pêndulo de uma falsa esperança vã, que se quer fez barulho e não se faz valer passa por um processo corrosivo. O qual o niilismo, juntamente com o fantasma do fascismo tenta destruir e fragmentar, todavia, é diante da subjetividade que buscamos através do desenvolvimento criativo reavivar o que está em estado mórbido. Digno de observação a “loucura” sempre nos intriga, algo que o nosso telefone não o fez, pois neste estado de caminhada solitária a espontaneidade e a imprevisibilidade é a luz de nossa subjetividade.

O niilismo com suas situações previsíveis de banalização do cotidiano não haverá de ir até o fundo de sua ação, pois nasce aqui um novo aparato de guerra, a poética cotidiana.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Three o' Clock Blues

-Então, o que achou?
-Uma grande merda- respondeu.
-Z.Z. Top?
-Não...- desviou os olhos para o televisor a cores, um verdadeiro milagre - se bem que esses caras não deveriam ter saído de seus caminhões.
Lucas riu. Aquele sarcasmo era a virtude e o pecado de seu melhor amigo. Um sarcasmo a que havia se acostumado a uma centena de anos, desde quando eram pequenos. Enquanto ninguém se metia com aquele garoto metido a engraçadinho, Lucas ofereceu-lhe a amizade. Desde então estavam sempre juntos e passaram a partilhar do mesmo amor pela música.
Aos fundos uma outra conversa, com as vozes alteradas pela bebida e sabe-se lá qual outro tipo de drogas.
-Eu to te falando. Eu vi Deus. Estava viajando e tocando meu piano e então, Ele apareceu feito de luz e som. Uma imagem incrível e se gravou em minha mente e me libertou.
Marcos tentou ignorar aquele diálogo lisérgico.
-O que você acha uma grande merda, então?- perguntou-lhe Lucas, tentando emendar o assunto.
-Essa porra dessa gravadora. Esse contrato de merda. Não era isso que a gente queria.
Estavam em New Orleans. Há cerca de um ano fizeram um show em uma casa em São Paulo. Um grande show, diga-se de passagem. E o destino os brindou com um figurão americano que lhes propôs, ao custo de suas almas e de alguns meses de suas vidas diria Marcos, um contrato para viverem e tocarem na América. Abririam alguns shows de bandas maiores e gravariam os instrumentos de outras bandas e, enfim, poderiam gravar seu próprio disco e fazer sua própria turnê.
Mas, aqueles “alguns meses” estavam levando tempo demais. E, só haviam começado a gravar seu disco há um mês. E a gravadora insistia em intervir, dando palpites e solicitando modificações. Não bastasse isso, os próprios companheiros de banda estavam criando problemas. Quando não era a excentricidade de um, era a ausência de outro.
O Pingado, apelido carinhoso do baterista que, quando os quatro se reuniram para beber pela primeira vez, quebrando regras e tabus, pediu ao balconista meio copo de café e meio de leite misturados. Enfim, o Pingado arrumara outros trabalhos, colaborando com outras bandas da gravadora, passava mais tempo em viagens do que com a Banda. Era raro quando podia estar junto dos outros gravando. Neste momento, solava dentro da cabine de som.
-Mas, estamos aqui gravando não é?- disse Lucas, embora ele mesmo não estivesse satisfeito.
-E Deus começou a falar comigo, a voz dele parecia uma guitarra distorcida. E ele falou durante horas e quando eu vi, não havia se passado nem cinco minutos- interrompeu Paulo.
-Não fode, Paulo. A gente tá tentando usar o cérebro aqui. Lembra o que é cérebro.
-Porra, Marcos. É Paul.
Marcos se levantou e encarou seu amigo.
-Só há um Paul. E ele é um Beatle.
-Havia. E não é mais. Paul Mcartney está morto. A mídia toda tentou encobrir. Colocaram um sósia no lugar dele para esconder. Eu já te contei. John, meu outro xará, está cheio de remorso. Olha os sinais nas capas dos discos.
Marcos estava cansado de toda aquela bobagem. Quando não era a conspiração envolvendo a suposta morte do Sr. Mcartney, era o envolvimento de Jimmy Page com magia negra, ou então alguma merda esotérica que ele havia aprendido com a hippie com quem fodia. Não bastasse isso, o nome dele era João Paulo. John Paul agora, em homenagem aos seus ídolos. Ah, e não suportava ver o amigo entupido de drogas.
-Cara, eu não tenho tempo para essas merdas.
Uma batida na porta interrompeu aquela discussão. Marcos foi abrir. Um homem de terno, óculos escuros e um estojo lhe sorria. Cheirava a maconha. Outro imbecil para lhe torrar o saco.
-Você deve ser o Sr. Marcos- disse o homem, seu inglês com um forte acento sulista- sou o saxofonista que a gravadora mandou.
-Hã?
-A gravadora não falou com o senhor? Eles me mandaram para gravar umas faixas. Eles disseram que seu som é cru sem o sax.
O rosto de Marcos assumiu uma feição de ódio incontido.
-E ENFIA ESSE SAXOFONE NO SEU RABO- gritava, enquanto chutava o saxofonista para fora do estúdio, inconsciente ao fato de que falava em português e de que o homem não lhe entendia uma palavra sequer.
-Cara, você tá um pouco descontrolado- disse-lhe Paulo- vem cá que eu vou energizar os seus chakras.
-Pro inferno com seus chakras, seu hippie de merda.
Marcos deixou o estúdio. A porta bateu em suas costas e ele acendeu um cigarro. Olhou para sua Harley parada na entrada. Iria a pé. A noite estava ótima e precisava de um pouco de ar.
Eram três da manhã quando Paulo saiu do estúdio. Ele ficou até mais tarde, esperando que Pingado se cansasse dos bumbos e pudesse gravar alguma coisa. Em vão, o Pingado nunca se cansava.
Deu de cara com a Harley do Marcos. Voltou para o estúdio e achou as chaves, deixadas sobre a mesa da TV. Que sorte.
Pegou a estrada. Gritava e uivava como um louco para a lua. Os alucinógenos em sua mente fazendo-o assumir seu lado mais primitivo. Sua bata colorida erguida pelo vento, assim como seus cabelos, loiros e encaracolados.
Largou o guidão. Neste momento, Deus lhe apareceu. Grande e dourado. Feito totalmente de luz e glória. As trombetas dos anjos lhe anunciavam. Paulo, emocionado, abriu os braços para recebê-lo.
-Senhor, a Ti eu me entrego.
Infelizmente, Deus era um Scânia V8 de 350 cavalos.

domingo, 9 de agosto de 2009

Continuação

O rosto de Péricles tornou-se rubro. Não esperava aquela resposta. Durante meses, a " Arte de Conquistar Pessoas" fora tão sedimentada em sua mente que aquele completo fracasso tirou-lhe as palavras, e a tão batalhada confiança.
Mas ela riu.
-Olha, você ficou vermelho.
-É...eu...não...não fiquei.
-Ficou sim. Me desculpa, tá? Vamos começar de novo. Como você chama?
O jovem, ainda desorientado, passeava os olhos do rosto belo da garota para os seios, ocultos pelo volume de livros. Ela, inocentemente, ou tão inocente quanto uma garota após a menarca consegue fingir ser, agiu como se ele estivesse, galantemente, preocupado com tão imenso peso em braços tão delicados.
-Péricles.
-Credo, que nome feio.
-É grego.
-Eu sei de onde vem. Não gosto de ler, mas não sou burra. Olha, por quê você não me ajuda a levar estes livros em casa?- Disse-lhe ela, emupurrando-lhe os livros.
Péricles, ofendido pela inibição da moça, pensou em negar-lhe aquela ajuda. Seria como um tapa pelo insulto. Quem aquela insolente pensa que é, pensava ele já com o peso dos livros sobre os braços, levando-os ao balcão. Logo, já estavam longe.
Caminhavam lado a lado. Ela, pequena e ágil, era como uma flor levada pelo vento. Ela era empolgada, ria-se à toa e sua voz era confortante. Ele, por outro lado, todo tenso, andava encolhido, o que fazia com que suas formas perdessem o ar masculino, viril, e assumissem uma aparência cansada, frágil.
Além daquela voz agradável, que parecia surgir sem nenhuma dificuldade, sempre trazendo assunto, sempre com uma resposta ou uma observação, Péricles foi recompensado com o busto da morena e seu delicioso decote, o qual o fazia perder a concentração e contra o que lutava em prol de sua dignidade.
Ela, mulher, divertia-se com aquele descontrole interno, ao mesmo tempo lisonjeada e com ânsia de provocá-lo mais e mais. Não que não estivesse cansada de exercer o magnetismo de seus dotes e ver o animal-homem vir à tona, perdendo a compostura e o respeito. Mas, aquele cara era diferente. Um homem qualquer não se preocuparia em evitar ser descoberto pela mulher, em evitar olhar e parecer interessado. E ele parecia realmente interessado.
Ela era um gênio na arte da sedução. Na arte de conquistar. Sua auto-estima era o de qualquer mulher consciente de sua beleza. Ela gostara dele e iria ensiná-lo.
-Só mais um pouco, Péris. Minha casa é logo ali.

Fim da Parte II

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Alguem continua?

Tudo parecia novo. Um novo recomeço de tudo. Péricles, bom moço, estudado, companheiro, atencioso, buscava pelos arredores do mundo companhia. Não era dos mais belos, mais sua simpatia e capacidade faziam dele um rapaz interessante.
Hoje, saiu de casa decidido a encontrar alguém para lhe fazer companhia. Tinha certeza que desta vez as coisas aconteceriam como planejado, suas aulas de “Como ter auto-estima elevada?” fizeram com que, Péricles, tomasse essa decisão.
Caminhando pelas ruas, Péricles vê aquilo que ele chamaria de “mulher perfeita”, morena, alta, olhar intenso e sedutor, de jeito descontraído; carregava no colo livros, vários deles, estava a caminho da biblioteca, a mesma que Péricles se dirigia.
Entraram praticamente juntos. Péricles nervoso, afinal não tinha muita intimidade com mulheres, sempre fora aquele rapaz mais reservado, não confiava muito em si mesmo.
- Olá – disse Maria, para Péricles.
- Olá – respondeu Péricles, surpreso.
- Já te vi algumas vezes, por aqui. Gosta de ler?
- Hum, é uma das poucas coisas que gosto de fazer.E você?Gatinha?
- Ah, eu não gosto de ler não. E gatinha é sua mãe!
...Continuem, nobres amigos escritores

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Um domingo qualquer.

Na rua passavam carros, e pessoas, e bicicletas, e coisas. Elefantes, elefantes não passavam, mas se passassem não seriam mais que um “e” na linha anterior.

Observava tudo, entediado, com o humor de uma criança politizada, que riria dos jornais, mas não sabe ler.

Onde estava? Onde estava a poesia? Quando as desgraças não impressionavam mais, quando as guerras e crises e doenças iam e vinham com a apatia de um leproso, quando o sexo já havia se burocratizado, e o outrora gigante violáceo chamado amor não merecia muito mais que um olhar.

Há vezes em que não se quer chorar nem mesmo a morte de um grande amigo.

Restava sempre, ao menos, a possibilidade de observar. E observava. Pessoas boas e más, distinção meramente estética. Já não confiava mais na bondade dos olhos alheios. A ingenuidade é cruel como as crianças e, a bondade é só o que resta a quem não tem chance de ser mau.

Um homem passou ao seu lado, elegante, apressado. Outro homem voltava, roto, apressado. Produziam.

Pensou na produção, para que servia? Inicialmente achou que fosse para a subsistência humana, achou a resposta completa e bonita, mas teve de abandoná-la logo, percebendo que a maior parte de tudo o que é produzido é tão inútil como os cabelos do dedão do pé. Deduziu que ela servia para nos preocupar, não mais que isso. Não deixar que em algum momento a humanidade se sentisse inútil. Mais ou menos como dar um pequeno serviço a um velho ou um vídeo-game a uma criança, eles, silenciosamente, sentem-se úteis.

É possível que tenha deduzido certo.

Resolveu dar uma volta, entrou no carro. Confortável. Um brinde aos preocupados com a produção! No rádio, vendiam amor com o mesmo ritmo e outro refrão.

Virando uma esquina qualquer, por certo com o nome de algum corrupto que escondia dois ou três crimes atrás de uma fortuna, atropelou um homem, gordo, mole, repulsivo.

Não parou, não porque tivesse medo ou fosse mau, mas porque nem no assassinato tinha visto a poesia que procurava. Talvez matar Aquiles ou Hércules reservasse algum charme, mas não aquele bípede sedentário.

No dia seguinte, leu uma pequena nota no jornal, falava a respeito da morte de um tal Roger, solitário, sem parentes, fortuna ou idéias que morreu com a mesma glória do cachorro que um dia teve. Mais uma morte sem poesia. Mais uma história boba de jornal.

Esse é o cara?



Vladmir Putin, depois de matar alguns "XEXENOS" dando voltinhas à cavalo na Sibéria. Demonstra-se preocupado como todos podem notar!MAFIOSO???
Mais essa foto ficaria mais bonita com o Sarney ao lado e o MALUF ( com seus 300 milhoes) atras rindo com um charuto na boca!!!

Historinha Boba

Era tarde, á-toa, nada para fazer, Roger, cansado; tédio, aquela paisagem urbana, suja, poluída, cinza, era tudo. Acendeu um cigarro, a fumaça agora fazia parte também daquela tarde, nebulosa.
-FIUUUUU - soprava a fumaça, Roger, encabulado – “Que merda de vida não tenho. O que fazer?”
Então, Roger, decidiu tirar seu fétido traseiro de sua velha poltrona, já melada à tempo, pela falta de higiene e pela colaboração de seu saudoso cão Astolfo, que deus o tenha.
-Puts, o Astolfo faz uma falta. Deveria ter cuidado melhor dele. Agora, ele seria uma boa companhia, ele era o único que realmente me entendia. Merda de cachorro, porque foi correr atrás da Berenice. - disse em voz alta descendo o elevador.
Astolfo era um bulldog bem babão e preguiçoso, assim como Roger. Todavia, Astolfo era mais bem relacionado que Roger( pobre Roger, sempre sozinho), por onde andava Astolfo era reconhecido, em seu estilo largado e babão, perambulava pelas ruas da cidade atrás de uma cadelinha no cio.
Foi, então, na lembrança de Astolfo, que Roger pensou: “Puts, preciso encontrar a minha Berenice, e lhe dar uma bela fodida!”
Há tempos, Roger não se relacionava com ninguém. Tornara-se uma pessoa completamente associal, sem amigos, sem mulheres, fato este, desde quando, Afrodite sua emprega-amante morrerá.
- Ó Deus, que mulher! - dizia Roger ofegante, mais já não repete essas palavras.
Afrodite, boa mulher, daquelas que não reclamava de nada. Limpava, cozia e dava...
Sempre atenciosa, nunca deixará com que Roger sentisse o tédio da vida. Cozia as mais deliciosas comidas e depois dependendo da vontade do nosso preguiçoso, Roger, sem pestanejar oferecia seu voluptuoso corpo.
Passa pelo porteiro: - Bom dia – diz Roger afávelmente. Este assustado, afinal não o via à tempos.Pensa: " Puta merda, esse filha da puta e porco ainda é vivo!”. As qualidades atribuídas a Roger não eram mero preconceito do porteiro Maxwell (leia-se Max, o bem). Roger, desde a morte de Afrodite, não fazia nada, entrara em uma depressão (eu diria DEPRESSÃO mesmo, aquelas bem profundas e melancólicas); ele não se lavava, não tirava o lixo, não comia direito, vivia em um verdadeiro galinheiro, a vida perderá o sentido.
Mais, como diz a o ditado: “ O Mundo da voltas”, Roger parecerá querer recuperar o vigor, robustez, virilidade. E então, não dá muito valor ao repúdio demonstrado pelo porteiro.
Já na rua, Roger, caminhava fumando seu cigarro olhava as nádegas femininas, parecia outro homem. Mas, por um instante, Roger olha para uma mulher, imagem-semelhança de Afrodite, e perturba-se: “ Que merda, eu querendo foder algo, e acabo fodido”, a lembrança de Afrodite ainda o machucava muito.
Foi então, que para piorar as coisas Roger vê Berenice.
- Era só essa que me faltava, Berenice, sua CADELAAAAAAA!
E ao atravessar a Rua, Roger voltou para os braços de Afrodite, e novamente, pode sentir as lambuzadas babadas de Asftolfo.